Carauá pra toda obra.

Carauá?

Sim! É esse o nome da planta que se parece com um abacaxi e que solucionou muitos problemas da Volkswagen e da indústria automobilística. Ela é constituída de uma fibra que pode ser utilizada no desenvolvimento de peças, como tampa de porta-malas, teto, revestimento das portas, etc. A planta é típica da Amazônia paraense e já é utilizada em nove modelos de carros de quatro montadoras diferentes, como uma forma de reduzir o impacto no meio ambiente, uma vez que a fibra natural substitui parte da sintética, oriunda de fontes não renováveis. Além de biodegradável, o carauá não tem cheiro, gera maior leveza e resistência às peças.
A ligação entre a planta e a indústria automobilística começou em 1999, quando Karl Hirtreiter, executivo alemão da Volks, exigiu dos fornecedores da companhia a utilização de materiais mais leais ao planeta. Sem saber como fazer, eles foram atrás e descobriram que, no Brasil, haviam pesquisas avançadas sobre fibras naturais que poderiam substituir as sintéticas.
Isso retrata em que um comportamento empreendedor pode resultar. Fibras de carauá podem diminuir custos e direcionar a produção de milhões de carros a uma postura sustentável. Podem também garantir a enterna utilização de seus recursos, pois são oriundas de fontes renováveis.
Quem saiu na frente


Defendendo sua cultura corporativa

Quando falamos em cultura corporativa (lembrando de nosso capítulo 3 do livro "Administração") a imagem que temos em nossas mentes é de uma empresa como uma Unilever que busca defender seus valores e crenças. Porém nesse texto vamos falar de algo diferente, que muitos associam como sendo um ambiente sem regras onde apenas a criação e veiculação de campanhas é a meta, uma agência de publicidade.

Recentemente enquanto lia o livro "Espremendo a laranja" de Pat Fallon fiquei encantado com a maneira como este defendeu seus ideais e foi um verdadeiro empreendedor.

No último capítulo do livro ele fala sobre defender a sua cultura e como é necessário o controle e planejamento de seus atos. É imprescindível também inovar, usar a criatividade é uma forma de se obter uma vantagem sobre os concorrentes. Então é melhor abandonarmos aquela idéia de que agência é uma brincadeira constante onde os criativos apenas tem idéias doidas. Cada idéia tem um conceito que a amarra , e isso é o mesmo que ocorre com a empresa em si. São necessários valores fortes para unir a organização, incluindo agências como a Fallon.

No livro Fallon diz que seus valores são a dedicação exclusiva e crença no poder da criatividade, crença na família como modelo de negócios, buscar o risco como se busca um amigo, sucesso como um imperativo do negócio, a importância de manter a humildade e também a necessidade de se divertir.

Para defender esses valores a Fallon teve que tomar diversas decisões como, por exemplo, a Domino's Pizza os convidou para fazerem uma apresentação e ganharem sua conta. Acontece que o chairman da empresa, Tom Monaghan, apesar de inovador também era uma pessoa bem religiosa e conservadora em certos aspectos. Essa conta geraria muita renda para a Fallon, porém a empresa teve que recusar atendê-los quando disseram que a conta seria da agência caso parassem de atender um antigo cliente, a Children's Defense Fund. Isso ocorreu porque Monagham achava que a Children's Defense Fund, que na verdade lutava pelos direitos das crianças, apoiava o aborto. A Fallon tentou mostrar a ele que não era bem assim e que eles eram uma organização de respeito, mas o chairman não quis ceder.

Foi então que em uma reunião com toda a equipe da agência, Pat Fallon ouviu a opinião do presidente e diretor de criação da agência na época, Bill Westbrook. Ele disse:
"Não quero que fique gravado em meu túmulo:"Ele parou de ajudar as crianças para que mais pizzas fossem vendidas". Então a Fallon Declinou do negócio.

Os funcionários ficaram contentes e isso os incentivou, pois sabiam que a cultura não foi quebrada e os valores foram colocados em primeiro lugar, portanto são atos como esse que são necessários para cultivá-la e preservá-la.

Lembrem-se, administrar uma empresa requer riscos e para manter a cultura escolhas devem ser feitas. o que é mais importante para você, mais dinheiro ou defender seus valores?

Fonte: "Criatividade -Espremendo a laranja"- Harvard Business School Press -Pat Fallon e Fred Senn

Frase do mês - Abril

Assim como temos em Abril o dia da mentira (1), também temos o dia do propagandista (2), do office-boy (13), do Índio (19), da Educação (28) e o dia de Tiradentes (21).

Este mês teria tudo para falar de Joaquim José da Silva Xavier, vulgo Tiradentes, um dos maiores representantes nacionais da liberdade. Porém iremos falar de um outro herói nacional que tem sua data marcada no dia 18 de Abril, Monteiro Lobato. Ambos, são motivo de orgulho para qualquer brasileiro, mas o que eu quero ressaltar nas qualidades de Monteiro Lobato é a sua curiosidade em saber o que existe além da vida, sua capacidade em enxergar e criar todo este universo de fantasia que esteve presente na vida de muitos nós.

A frase de Abril, de autoria de Monteiro Lobato, diz respeito aos nossos sonhos e objetivos.

"Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira - mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum."

(Mundo da Lua, 1923)

Curioso de nascença, desde pequeno Monteiro Lobato procurava aprender o máximo sobre as coisas. Visíveis ou imaginárias. E não era só nos livros que buscava respostas. Gostava de saber como as pessoas pensavam. Observava a natureza e descobria seus mistérios. Com tanto conhecimento acumulado, é claro que ele adorava dar palpites sobre todos os assuntos. Tentava mudar o que achava errado, melhorar o que já estava bom. E criava frases. Frases que davam a medida exata do tamanho do seu pensar e que estimulavam o leitor a continuar sonhando. Como pode-se ver por estas, aqui selecionadas.

Fonte: Fruto do mato

Pra quê dormir?

A função deste post é esclarecer alguns pontos que dizem respeito a vida de gestores, bem como de nossas vidas, alunos espmianos. À partir de um momento da faculdade, todos se veem em uma situação que requer certa habilidade para lidar, pois têm que equilibrar a vida pessoal, acadêmica e profissional da forma mais saudável possível. Nem sempre trata-se de uma tarefa fácil, na verdade, quase nunca este equilíbrio pode ser considerado o ideal, mas sim o possível dentro das circunstâncias. Da mesma forma, gestores atarefados "cortam" algumas horas de sono para se empenhar nas atividades profissionais e não sabem as reais desvantagens desta atitude. O texto, portanto, tenta explicitar a importância de considerar o sono como algo valioso e determinante para seu desempenho durante o dia.

Segundo afirmação do diretor médico do Boston SleepCare Center, James O´brien, dormir não é um luxo, mas uma necessidade do corpo-humano para que tenha um funcionamento ótimo. Quando você dorme, o cérebro cataloga as experiências do dia que terminou, afina sua memória e faz a regulação hormonal de sua energia, disposição e capacidade mental. E, para que essas funções sejam exercidas, o cérebro precisa de um repouso de sete a oito horas. Em complemento a isso, é explicado como funciona o sono.

Como o sono funciona

"Para entender por que o número certo de horas de sono é tão importante para seu desempenho, vale a pena saber como o sono funciona.
O sono saudável se divide em ciclos de quatro estágios. Nos estágios 1 e 2, vamos ficando mais e mais desconectados do mundo à medida que avançamos, até entrarmos no sono profundo que ocorre no estágio 3. No sono profundo, tanto a atividade do cérebro como a do corpo caem ao ponto mais baixo do ciclo e o sangue é redirecionado do cérebro para os músculos.
O quarto e último estágio é marcado pelo rápido movimento ocular (REM, na sigla em inglês), sua característica definidora. É quando nosso cérebro fica especialmente ativo, até mais do que quando estamos acordados. Os sonhos acontecem nesse estágio.
Em um sono de noite inteira, nós experimentamos três ou quatro desses ciclos, cada um durando de 60 a 90 minutos."

As conclusões do Boston SleepCare Center mostram que a diminuição da carga de sono diário afeta o desempenho do indivíduo quanto à sua criatividade, concentração, produtividade, humor, disposição entre outros pontos que são afetados negativamente. Portanto, a interpretação correta desta relevância dada as horas de sono é que, quando se está dormindo, as capacidades são revigoradas e sua produtividade tende a ser muito maior, o que caracteriza que você está investindo em sua qualidade profissional enquanto repousa e não perdendo tempo de trabalho. A dificuldade está em aceitar este fato. Principalmente a aceitação de gestores que têm por função cobrar seus executivos de seus respectivos resultados e estimular a produtividade, visando melhor desempenho. Apreende-se, desta forma, que tais gestores avaliam o desempenho mais pela quantidade que pela qualidade. Uma mudança neste modo de avaliação, facilitaria a aceitação de uma agenda que inclua oito horas diárias de repouso e revigoração.


Faces a (não) se espelhar

João Doria
Na realidade, ele certamente é uma face a se espelhar. Mas seu perfil definitivamente não converge com o ideal do texto. João Doria Jr. confessa que trabalha 17 horas por dia e dorme apenas quatro. Será que com mais horas de sono seu trabalho teria ainda mais qualidade?

Fonte: Site HSM.

Cuidado com a posição...

Todo mundo é negociador em algum momento da vida, seja em casa, convencendo seus pais a deixarem você ir pra Nova Zelândia com um "mochilão" nas costas, seja no trabalho, para cumprir seu dever de vender os produtos de sua empresa, ou em qualquer outra situação em que duas ou mais pessoas estejam interessadas em fazer uma transação ou transferência, de qualquer espécie.



Da mesma forma, e ainda mais intensamente, os gestores das organizações necessitam das habilidades da negociação para atingir seus interesses ao mesmo tempo em que criam relacionamentos saudáveis e duradouros. Tais relacionamentos, impreterivelmente, têm de ser cultivados e renovados a cada novo contato do cliente com a empresa. Assim como no filme "Como se fosse a primeira vez", as empresas precisam conquistar seus clientes a cada novo encontro. E o negociador precisa fazer o mesmo, sem, entretanto, se fazer submisso e maleável conforme a vontade alheia. Trata-se portanto de um grande desafio.

Este desafio se dá pelo senso comum de que, ao negociar, é preciso assumir uma posição e "lutar" por ela até o fim. Entretanto, é exatamente ela (a posição) que impede o bom andamento das negociações. A negociação baseada na posição torna o negociador e o objeto de negociação um ser único. Ou seja, quando o profissional se prende a uma posição, ele se impede de enxergar o lado contrário, a visão do outro. Assim, ele se fecha e não procura a melhor opção para os dois, mas sim a escolha que melhor atenda seus interesses, sem maiores preocupações com os interesses alheios na negociação. Esta atitude torna mais difícil ainda o processo de relacionamento, pois o profissional da outra empresa não sentirá que suas ideias e opiniões foram valorizadas.


Na realidade, para que uma negociação atinja resultados sadios, é preciso realizar um ganha-ganha. Ou seja, uma manobra que consiga convergir os interesses dos participantes da negociação. Portanto, a negociação deve orientar-se pelos interesses e não pelas posições. O negociador tem que se apresentar como um solucionador de problemas, tanto o dele quanto o da outra empresa. Ambos os profissionais estão à procura do mesmo objetivo, a resolução do caso que seja valiosa aos dois lados da mesma maneira, ou pelo menos da meneira mais justa. Assim, a "outra parte" perceberá a importância de seus interesses e valorizará este relacionamento. A todo momento, o negociador deve demonstrar interesse em escutar as informações que vêm da outra empresa, deve repetir os principais pontos como forma de explicitar seu esforço em entender suas necessidades e, em seguida, explanar se elas podem ou não ser atendidas e quais as razões para tal.

Enfim, não se apegar a posições rígidas fazem da negociação uma reunião para convergir interesses e solucionar problemas, o que caracteriza a essência da negociação, pois contempla com sucesso a substância e o relacionamento.

Bons negócios para todos!


Livro: Getting to Yes (Como chegar ao SIM?); Editora Imago, 1995. De Roger Fisher, William Ury e Bruce Patton. Projeto de Negociação da "Harvard Law School".


Faces a se espelhar


William Ury
Consultor, escritor e conferencista sobre negociação, é diretor associado do Projeto de Negociação de Harvard. Tem formação em Linguística e Antropologia por Yale e Harvard. É tido como uma das maiores autoridades do mundo em Negociação.